Suicídio de Vargas
No dia 24 de agosto de 1954,
Getúlio desfechou um tiro no coração. Cumpria a promessa de só deixar o
palácio morto. Morria um dos mais contro vertidos personagens da História
do Brasil. Deixou uma carta-testamento acusando as forças conservadoras
(a UDN e o capital estrangeiro) de serem os grandes responsáveis por
essa atitude. As “aves de rapina” (assim Getúlio se referia aos
sanguessugas que só pensavam em fazer o jogo do capital estrangeiro).
Carta de despedida de Vargas
"..Se
a simples renúncia ao posto a que fui levado pelo sufrágio do povo me
permitisse viver esquecido e tranquilo no chão da pátria, de bom grado
renunciaria. Mas tal renúncia daria apenas ensejo para, com mais fúria,
perseguirem-me e humilharem-me. Querem destruir-me a qualquer preço.
Tornei-me perigoso aos poderosos do dia e às castas privilegiadas. Velho
e cansado, preferi ir prestar contas ao Senhor, não dos crimes que não
cometi, mas de poderosos interesses que contrariei, ora porque se
opunham aos próprios interesses nacionais, ora porque exploravam,
impiedosamente, aos pobres e aos humildes. Só Deus sabe das minhas
amarguras e sofrimentos. Que o sangue dum inocente sirva para aplacar a
ira dos fariseus…"
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